Lendas e mistérios são incríveis, não? Estarei postando algumas das principais lendas gaúchas misteriosas a partir daqui. Confira uma das mais
famosas aqui do Sul, retirada do site da ZH, recheada de especulações,
controvérsias e relatos duvidosos...
Na lagoa mais misteriosa do Litoral Norte do RS, não há
barcos navegando porque um redemoinho gigantesco suga tudo para o fundo, feito
de areia movediça. Não há peixes, e sim uma cidade submersa que faz brotar da
água a cruz da sua igreja em tempos de seca, o terrível fantasma de uma noiva
morta e até a versão gaúcha do monstro de Loch
Ness.
Essas são lendas da Lagoa dos Barros, aquela que é uma beleza
de paisagem para quem segue pela freeway, rumo às praias. São lendas
intrigantes que vêm sendo passadas há décadas. A origem da superstição remonta
a um crime ocorrido na década de 1940 nas cercanias da antiga — e
mal-assombrada? — usina Açúcar Gaúcho S/A (Agasa), cuja velha chaminé
desativada também pode ser vista da rodovia.
A Agasa funcionou até 1989. Mas o funcionário Milton Nunes,
hoje com 64 anos, trabalhou no prédio vazio até 2003, quando se aposentou. Foi
nesse período que conheceu O TERROR. Ele era vigia do patrimônio abandonado. Um
momento de sua ronda noturna era apavorante. Tratava-se de uma passagem entre
os prédios. Quando a percorria, os cabelos ficavam em pé.
— Era ela que estava ali — recorda.
A seguir, um vídeo representativo a respeito do crime que
cerca as histórias:
As lendas
> A noiva: morta pelo noivo na década de 1940 na altura da
Agasa, Maria Luísa até hoje dá o ar da graça a caminhoneiros e moradores da
região, juram eles.
> A cidade submersa: uma cidade existia no lugar da lagoa
em tempos imemoriais. Qual Sodoma e Gomorra, foi punida com a extinção. Hoje,
quando o nível da água baixa, dizem que a cruz da igreja aparece. A lenda
derivou para outra suposição. No local haveria um campo de instrução militar, e
a cruz seria uma marcação para tiro. Aeronáutica e Exército não confirmam.
> O monstro: obviamente uma lenda assim iria surgir. Faça
uma busca no YouTube e você encontrará o vídeo do peixe monstro da Lagoa dos
Barros. Assista e decepcione-se com um peixinho que abre e fecha a boca
múltiplas vezes.
> O redemoinho mortal e a ausência de navegação: você já viu algum barco navegando na Lagoa dos Barros? Nem eu. E isso não é por
nada. A ventania ali é tão forte que as embarcações são jogadas para lá e para
cá ao sabor do vento. Acabam virando e, se a pessoa está sem colete
salva-vidas, pode morrer. O efeito do jogo do vento se assemelha a um
redemoinho tragando tudo. Não é por acaso que o Parque Eólico foi construído na
região.
> A areia movediça: o fundo da lagoa é lodoso. Por isso
teria recebido o nome Barros (na verdade, leva o nome de um dos primeiros
moradores da região, Manoel de Barros Pereira). Não há registro de areia
movediça submersa. Ao menos ninguém voltou para contar.
> Ligação subterrânea com o mar: é o que se fala para
explicar o aspecto turvo da água e as ondas formadas em dias de temporal além
do tamanho da lagoa, que tem cem quilômetros quadrados e profundidade de até
sete metros. Dizem que quando a maré baixa, o nível da lagoa acompanha.
Pesquisadores já encontraram vestígios marinhos no local, ligados a um passado
remoto em que a área da lagoa fazia parte de uma grande baía.
Há também o mito de um lobisomem nas margens da lagoa - o
qual eu suponho ser o menos "possível". O local é conhecido como
"a cidade dos bons ventos". Enfim, o que sei, segundo as
histórias que li e ouvi ao longo das vezes que atravessava a freeway ao lado
daquela lagoa para ir ao litoral, posso afirmar que, as coisas ficam mais
inquietantes no crepúsculo ao anoitecer, quando o sol desaparece do horizonte
das águas mansas, e o vento acelera as hélices do parque eólico... E a noiva
fantasmagórica surge para dar o terrível bote em motoristas solitários ou
curiosos de plantão!
Mistério é mistério, e por isso, deve permanecer como está.
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