"Na madrugada todo mundo vira poeta, as coisas funcionam de forma diferente porque é nessa hora que as coisas começam a perder a forma." PC Siqueira.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A FAMOSA LAGOA DOS BARROS E SEUS MISTÉRIOS

Lendas e mistérios são incríveis, não? Estarei postando algumas das principais lendas gaúchas misteriosas a partir daqui. Confira uma das mais famosas aqui do Sul, retirada do site da ZH, recheada de especulações, controvérsias e relatos duvidosos...

Na lagoa mais misteriosa do Litoral Norte do RS, não há barcos navegando porque um redemoinho gigantesco suga tudo para o fundo, feito de areia movediça. Não há peixes, e sim uma cidade submersa que faz brotar da água a cruz da sua igreja em tempos de seca, o terrível fantasma de uma noiva morta e até a versão gaúcha do monstro de Loch Ness.

Essas são lendas da Lagoa dos Barros, aquela que é uma beleza de paisagem para quem segue pela freeway, rumo às praias. São lendas intrigantes que vêm sendo passadas há décadas. A origem da superstição remonta a um crime ocorrido na década de 1940 nas cercanias da antiga — e mal-assombrada? — usina Açúcar Gaúcho S/A (Agasa), cuja velha chaminé desativada também pode ser vista da rodovia.


A Agasa funcionou até 1989. Mas o funcionário Milton Nunes, hoje com 64 anos, trabalhou no prédio vazio até 2003, quando se aposentou. Foi nesse período que conheceu O TERROR. Ele era vigia do patrimônio abandonado. Um momento de sua ronda noturna era apavorante. Tratava-se de uma passagem entre os prédios. Quando a percorria, os cabelos ficavam em pé.
— Era ela que estava ali — recorda.
Ela, a noiva. Maria Luísa foi morta pelo noivo há cerca de 70 anos e teve o corpo jogado na lagoa. Desde então, assombra a rodovia nos arredores da Agasa, próximo ao local do crime. As vítimas preferidas são caminhoneiros. Muitos dizem tê-la visto passeando pela freeway, de vestido branco. A experiência não deve ter sido legal, já que alguns deixaram de trafegar por ali. A noiva que perambula também virou desculpa para acidentes, o que a polícia sempre desconfia e atribui a aparição a outras causas, como a sonolência que leva a sonhar acordado com noivas mortas — e a sair da estrada e quase espatifar o caminhão.


A seguir, um vídeo representativo a respeito do crime que cerca as histórias:



As lendas

> A noiva: morta pelo noivo na década de 1940 na altura da Agasa, Maria Luísa até hoje dá o ar da graça a caminhoneiros e moradores da região, juram eles.

> A cidade submersa: uma cidade existia no lugar da lagoa em tempos imemoriais. Qual Sodoma e Gomorra, foi punida com a extinção. Hoje, quando o nível da água baixa, dizem que a cruz da igreja aparece. A lenda derivou para outra suposição. No local haveria um campo de instrução militar, e a cruz seria uma marcação para tiro. Aeronáutica e Exército não confirmam.

> O monstro: obviamente uma lenda assim iria surgir. Faça uma busca no YouTube e você encontrará o vídeo do peixe monstro da Lagoa dos Barros. Assista e decepcione-se com um peixinho que abre e fecha a boca múltiplas vezes.

> O redemoinho mortal e a ausência de navegação: você já viu algum barco navegando na Lagoa dos Barros? Nem eu. E isso não é por nada. A ventania ali é tão forte que as embarcações são jogadas para lá e para cá ao sabor do vento. Acabam virando e, se a pessoa está sem colete salva-vidas, pode morrer. O efeito do jogo do vento se assemelha a um redemoinho tragando tudo. Não é por acaso que o Parque Eólico foi construído na região.

> A areia movediça: o fundo da lagoa é lodoso. Por isso teria recebido o nome Barros (na verdade, leva o nome de um dos primeiros moradores da região, Manoel de Barros Pereira). Não há registro de areia movediça submersa. Ao menos ninguém voltou para contar.

> Ligação subterrânea com o mar: é o que se fala para explicar o aspecto turvo da água e as ondas formadas em dias de temporal além do tamanho da lagoa, que tem cem quilômetros quadrados e profundidade de até sete metros. Dizem que quando a maré baixa, o nível da lagoa acompanha. Pesquisadores já encontraram vestígios marinhos no local, ligados a um passado remoto em que a área da lagoa fazia parte de uma grande baía.


Há também o mito de um lobisomem nas margens da lagoa - o qual eu suponho ser o menos "possível". O local é conhecido como "a cidade dos bons ventos". Enfim, o que sei, segundo as histórias que li e ouvi ao longo das vezes que atravessava a freeway ao lado daquela lagoa para ir ao litoral, posso afirmar que, as coisas ficam mais inquietantes no crepúsculo ao anoitecer, quando o sol desaparece do horizonte das águas mansas, e o vento acelera as hélices do parque eólico... E a noiva fantasmagórica surge para dar o terrível bote em motoristas solitários ou curiosos de plantão!
Mistério é mistério, e por isso, deve permanecer como está.



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